Quando uma rapariga de 19 anos dorme agarrada ao seu doudou






"We don't give up about chirurgy, is who we are..."
Grey's anatomy


Esta última semana tem sido complicada.
Complicada, porque tenho tido insónias que não me deixam dormir durante a noite e me obrigam a dormir durante o dia em tempo de aulas (coisa que não acontece e por isso ainda estou mais cansada), ou de estudo.
Complicada, porque começo a sentir saudades dos bons e maus momentos passados com todos aqueles que estão longe.
E finalmente... Complicada, porque apesar de ter sido eu a fazer esta escolha, vou passar o meu aniversário sozinha.


Ontem... Tentei chorar... Resultou nos primeiros cinco minutos, mas depois passou.


Na verdade, acho que o facto de dormir agarrada ao meu peluche preferido ajudou... Quando o abracei, vi a costura que ele tem nas costas e lembrei-me da minha primeira operação, em que ele precisou que eu lhe tirasse uma porção considerável de algodão para que ficasse bom.
Lembro-me que não me poupei aos detalhes, com todas as coisas que a empregada da minha avó me trazia regularmente do hospital. Ele teve mesmo, de ficar uma semana com um penso, que recobria pela totalidade as suas costas (para que não abrisse os pontos? É incrível como a imaginação de uma criança se consegue aproximar tanto da realidade, ou então sou mesmo eu que nunca tive imaginação nenhuma).


Ao longo destes anos, como todos os adolescentes, tenho vindo a tentar definir-me, demorei imenso tempo até conseguir encontrar o meu estilo de musica favorito, por exemplo, mas nunca precisei de definir uma coisa: o que queria fazer na vida.


Não existe nada como o sentimento de tocar num tecido, 
num órgão e conseguir perceber que com as nossas mãos,
conseguimos reparar (quase) tudo.


Ça, c'est quelque chose que c'est souvent dificil de me rappeller,
Mais que j'espere jamais oublier.




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